Aqui fica de forma resumida como começaram a haver instituições pré-escolares
A criação de Instituições de acolhimento de crianças, acentuou-se com o início da revolução industrial, em consequência da enorme mobilização de mão-de-obra feminina que esta implicou. Então foi por esta altura que se começou a pensar na maneira mais fácil de se encontrar um lugar para deixar as crianças ao longo do dia.
Foram assim criadas as primeiras instituições para as crianças mais pequenas. É preciso salientar que estas instituições tinham como finalidade principal assegurar a guarda das crianças das famílias mais pobres; Este facto deveu-se à premente necessidade de colmatar as necessidades sociais e económicas mais urgentes.
Só mais tarde começou a ser explorado o potencial educativo e pedagógico deste novo ambiente criado para as crianças. Esta evolução surgiu especialmente devido ao início do estudo da Psicologia do Desenvolvimento que veio dizer, o quanto importante seria para o futuro das crianças a função educativa destes locais (jardins de infância). Mesmo assim Portugal não foi nem de perto, nem de longe, o país que mais rapidamente criou este tipo de instituições.
As primeiras instituições a aparecer no nosso país, com a finalidade de ajudar pobres e oprimidos, foram em 1458, com a criação das “Misericórdias” pela rainha D. Leonor. Foi por esta altura que se começou então a falar em assistência social.
As primeiras instituições educativas, implantadas no nosso país, já com a intenção de contribuir para o desenvolvimento psicológica das crianças, apareceram em 1834. Estas instituições estavam integradas na “Sociedade das Casas da Infância Desvalida” (SCAID), tendo sido criadas sob protecção do rei D.Pedro. Entre 1834 e 1879, foram então criadas doze casas pertencentes a esta “Sociedade”.
Só a partir do ano de 1878, é que foi regulamentado o facto das crianças com idade inferior à idade escolar, terem também o direito a frequentar este tipo de instituições. Ficou então definido, que as crianças dos 3 aos 6 anos, poderiam entrar para esta “Sociedade”.
Com o constante desenvolvimento da sociedade Portuguesa, foi criado em Lisboa um jardim-de-infância público no ano de 1882. Cada vez mais se acreditava que estes locais seriam imprescindíveis na educação das crianças. É então determinada a obrigatoriedade das fábricas, de criarem instituições educativas para os filhos dos funcionários (1891).
A 5 de Outubro de 1910, foi implantada a República, passando a educação a ser considerada como uma mais valia para o futuro do país. Houve desde então uma valorização do desenvolvimento sócio-cultural, considerando-se que o grande responsável e impulsionador deste desenvolvimento, é sem dúvida a educação.
9 comentários:
Eu já tinha conhecimento de como tudo começou, mas nunca é tarde para lembrar e muito menos para dizer que nada está concluído nem completamente bem implementado...há muito por fazer no mundo da educação de infância.
Olá Susana. Isto é sem duvida uma boa lição de história, mas infelizmente a educação pré-escolar não passa de um negócio milionario, uma vez que nos nossos tempos, e na maioria dos casais, ambos os pais trabalham, logo os filhos têm de ficar com alguém. As poucas instituições gratuitas são apenas para pessoas com graves dificuldades, assim sendo a maioria das pessoas têm de pagar uma fortuna para terem os seus filhos numa creche. Concordo com a importancia destas instituições mas realmente não passam de um bom negócio. Já agora uma pergunta. Onde é que os pais podem deixar os filhos gratuitamente antes de terem 3 anos, uma vez que a licença de parto é de 5 meses?
Bem...tu até em teoria és boa!! Também não sei qual é a novidade, mas este blog tem muito "material" a explorar por aqueles que são da área, especialmente se forem mesmo educadores como tu.
Cidália: Obrigado por ter voltado a comentar o meu blog. Espero que o continue a acompanhar e que as temá ticas lhe continuem a agradar.
João Miguel: Pois é João...a educação pré-escolar gratuita (anexa às escolas do 1º ciclo) é para crianças com mais de 3 anos. Faz uma bela pergunta, mas de facto não existem praticamente instituições públicas na valência de creche. Felizmente, existem empresas que criam essas condições para os seus funcionários. Creio que o João me fez uma interrogação retórica, mas...está com a razão do seu lado, no entanto, o Estado alega que a Taxa de Natalidade está a diminuir, mas nada faz para criar condições para que isto não aconteça. É complicado para um casal ter 2 filhos e pagar 2 colégios, especialmente se as crianças tiverem idades aproximadas ou se forem gémeas. As instituições de cariz privado são de facto extremamente caras, tornando-se por isso mesmo um peso no orçamento da família.
Madalena: Minha linda, os teus comentários são sempre muito agradáveis de se lêr. Obrigado pelo alento constante que me dás. Beijinho
Querida Sue!!!
Para mim este tema é-me muito familiar, mas nunca é demais recordar como as coisas funcionam. Tenho a esperança que para o bem das nossas crianças e suas famílias se faça muito mais, pois só assim evoluiremos e bem que precisamos.
Beijocas.
Podes crer miga...faço tuas as minhas palavras. Beijo
Esse é um dos temas que procuro p/ o meu trabalho acadêmico. O texto de tão bem feito é realmente seu ou tirou de algum livro????
Su!!!
Esse é um dos temas que procuro p/ um dos meus trabalhos acadêmicos. Desculpe se eu lhe perguntar, já que o texto acima ficou tão bem feito ele é realmente seu ou tirou de algum livro????
Olá Paulo. Obrigado pelo elogiu que faz ao meu texto. De facto, o texto é da minha autoria, baseado em bibliografia acerca desta temática. Já não lhe sei dizer qual foi o livro ou livros que li, pois fiz este texto para um trabalho da faculdade na altura em que estava a estudar para ser educadora de infância. Este texto fez parte de um trabalho que realizei, como a maioria dos textos que estão neste blog. Tenho andado com o blog meio parado, não tenho tempo algum, pois estou mesmo na fase de conclusão da minha tese de mestrado.
Espero que volte ao meu cantinho e tente ver no blog se há mais alguma coisa que lhe interessa.
Beijinhos
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