20 outubro 2007

Actividade 1 – Contextualização do Haloween

Esta deverá ser a primeira actividade relacionada com o haloween, para que a criança fique a perceber de onde vem esta tradição. A educadora deve planificar as actividades que pretende fazer com os seus meninos neste âmbito, e começar atempadamente esta abordagem, de forma a se ter concluído todos os objectivos desejáveis no próprio “Dia das Bruxas”.
Em primeiro lugar, convém saber se os meninos já ouviram falar do dia das bruxas / Haloween, e explicar-lhes o que significa tais expressões. Após ter feito uma breve contextualização do tema, explica-se de onde deriva esta tradição secular. Como esta actividade é para meninos de 4/5 anos, torna-se mais fácil para eles perceberem um tema se virem algo de concreto. Pode-se então utilizar imagens relacionadas com este tema (cabe à educadora esta pesquisa).

Considero esta introdução ao tema do Haloween fundamental, pois a criança só trabalhará os conceitos fundamentais que este tema alberga, caso possua um conhecimento mínimo sobre a base da questão. Só desta forma e a partir deste primeiro contacto com esta tradição, é que este Projecto consegue ter “pernas” para andar.
Após esta contextualização, deve-se incentivar o grupo de meninos a exporem as suas dúvidas, pois sei que para a maioria deles, será com toda a certeza um tema novo na sua vida. Os objectivos específicos que se pretende atingir com este diálogo, podem ser imensos, e variam de acordo com a educadora e com o grupo de crianças. Para mim, os objectivos foram os seguintes:
Ficarem a conhecer a tradição do Haloween e sua importância no mundo.
Fomentar o seu pensamento crítico aquando das suas dúvidas sobre o tema do Haloween
Liberdade de Expressão, deixando a curiosidade natural da criança vir ao de cima. (Com toda a certeza, eu darei aos meninos a liberdade para que exponham dúvidas relacionadas com o tema, ou mesmo as vivências que já tiveram. Muitas vezes os meninos comparam coisas, que para nós em nada se relacionam, com algo que já passaram na comunidade a que pertencem. Temos de sabê-los ouvir com atenção. Todos os comentários podem ser um desabafo).
Ampliar o vocabulário da criança
Domínio da linguagem Oral
Interacção grupo/educadora

17 outubro 2007

Curiosidades do Haloween

O Dia 31 de Outubro
A escolha desta data para festejar o Haloween, não surgiu do acaso. Há cerca de dois mil anos, os Celtas habitavam a Irlanda, França, Inglaterra e também a Península Ibérica. Nesta altura o Ano Novo era festejado a 1 de Novembro, época em que chegava também o frio. Isto significa que os Celtas não só festejavam o fim do Verão, o início do Ano Novo, mas também as fartas colheitas desse ano. No entanto, e talvez devido ao elevado índice de mortes que acontecia nesta altura do ano (derivado muitas vezes ao próprio clima), os Celtas sentiram necessidade de estabelecer um dia em que houvesse uma passagem entre a vida e a morte. Ficou o dia 31 de Outubro a ser conhecido como o “Dia das Almas”, ou o “Dia de Samhain”. Quem decidiu tal data foram os sacerdotes da altura, os chamados Druidas. Os Celtas acreditavam piamente que nessa madrugada, os mortos voltavam ao mundo dos vivos, caminhando estes sobre a terra. Isto implicava um encontro entre o mundo material e o mundo espiritual. Esta era a festa que demarcava a passagem de ano dos Druidas (sacerdotes Celtas). O nome “Samhain” advinha do nome do Deus dos mortos, que invocava os maus espíritos para estes se reunirem na última noite do ano dos Druidas (que era a 31 de Outubro), de forma a “preverem” o futuro e recordarem as suas experiências vividas na Terra.

Druidas

Estes eram membros de um culto sacerdotal entre os celtas na antiga Inglaterra, Irlanda e França. Eram considerados adivinhos, magos ou bruxos, e adoravam Deuses idênticos aos dos Gregos e Romanos, mas com nomenclatura diferente. Toda a informação que os Druidas passavam para o seu povo, era feita de forma oral, e nunca escrita. Estes sacerdotes faziam grandes fogueiras na noite do Haloween, supostamente para se protegerem dos espíritos maus, pois acreditavam que estes tinham medo do fogo. Todo o povo considerava os Druidas como alguém que possuía forças sobrenaturais capazes de acalmar os espíritos malignos, pois estes espíritos eram considerados muitas vezes como perigosos para o mundo dos vivos. O povo acreditava que os mortos que voltavam naquela madrugada destruíam plantações e raptavam até as crianças que apanhavam na rua. Então para evitar tal tragédia ninguém saia para a rua, sem contar os Druidas que faziam fogueiras e rituais de afastamento espiritual. Os Druidas foram erradicados pelos romanos na França e Inglaterra antes do fim do primeiro século, no entanto continuaram a existir na Irlanda até ao séc.IV .

Os Rituais do Povo Celta
Naquela época o povo Celta praticava uma série de rituais para afastar ou minimizar os estragos que os mortos pudessem fazer. De seguida vou enumerar e explicar alguns desses rituais:

Colocavam tigelas de comida nas portas das suas casas, para satisfazerem a fome dos espíritos, de forma a que estes não entrassem na habitação para lhes fazer mal
As pessoas pegavam em tochas incendiadas ou em lanternas, pois segundo o povo, os mortos não conseguiam encarar a luz porque vinham do mundo da escuridão.
Sempre que um motivo de força maior obrigasse alguém vivo a sair de casa, o povo usava mascaras para serem confundidos com almas do outro mundo, ficando assim protegidos de qualquer súbito ataque dos mortos.
Os Druidas, tal como atrás referi, construíam grandes fogueiras para afastarem os mortos e para preverem o futuro dos vivos.
As Fogueiras
Na noite de 31 de Outubro, os Druidas ao fazerem grandes fogueiras no cimo dos montes, não só queriam afastar os espíritos que por ali andavam, como também queimavam vivos prisioneiros de guerra, criminosos e animais. Estes sacerdotes diziam que ao observarem a posição dos corpos a arder, conseguiam não só ter o reflexo do passado, como também prever o futuro das suas civilizações. O costume de saltar fogueiras passou a servir não só para afastar o mal, assim como para se mostrar a coragem que cada um tinha.
No Norte do nosso país os rapazes das aldeias levavam os carros de bois até ao cimo de um monte, aonde os carregavam de lenha para posteriormente fazerem uma grande fogueira no largo da aldeia. Durante a madrugada assava-se castanhas, saltava-se a fogueira, e todos se divertiam grande parte da noite. Até aos dias de hoje permanece este ritual, no entanto é mais notório em Aldeias do Norte de Portugal, e não tanto no Sul.

As Máscaras e Fantasias de Haloween

O povo Celta na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro, não saíam de casa para não serem apanhados pelos mortos (como atrás já referi). No entanto sempre que se viam obrigados a sair por algum motivo de força maior, eles iam mascarados, pois só desta forma (consideravam eles) é que os mortos não os reconheciam.
Actualmente as mascaras de bruxas, fantasmas e outros mais, são usadas para simbolizar esta data. A tradição mantém-se hoje por uma questão de diversão e entretenimento, ou simplesmente para pregar uma partida a alguém. A ideia das bruxas, fantasmas, fadas, duendes e espíritos, derivam da época dos Celtas, pois estes acreditavam que todas estas “entidades” surgiam na madrugada do chamado “Dia das Almas”.
Jack-o-Lanterns VS. Cabeças de Abóbora
O uso da Abóbora iluminada surgiu na Irlanda, que embora seja um país religioso, e também um país com um povo muito supersticioso. Conta a lenda que um homem chamado Jack não conseguiu entrar no Céu porque tinha sido muito avarento ao longo da sua vida. No entanto, este mesmo homem foi também expulso do Inferno por ter enganado o Diabo. Então, Jack foi condenado a Alma penada, o que significava vaguear eternamente na escuridão como forma de castigo. Decidiu então pedir ao Diabo que lhe desse uma brasa para iluminar o seu caminho, colocando-a dentro de um nabo oco. Este talismã – Nabo – simbolizava uma alma condenada. Esta lenda sofreu alterações após a chegada dos Irlandeses aos E.U.A. e ao Canada, que por falta de nabos e abundância de plantações de abóbora, decidiram fazer a substituição do talismã das almas condenadas. Os Americanos e os Canadianos resolveram então acrescentar esta lenda aos festejos do Haloween. É de salientar que esta lenda é uma das que mais marca actualmente o Haloween na Europa (que ainda tem este festejo em expansão), pois a abóbora iluminada é conhecida por todos.

16 outubro 2007

Qual a origem do Haloween?

O Haloween está à porta...por isso mesmo, vou dedicar os próximos dias a esta temática. Por isso mesmo, vou primeiramente explicar o que significa esta palavra - Haloween, e desta forma permitir a todos um maior conhecimento sobre a temática em questão. Postarei depois actividades direccionadas para a idade de Jardim de infância, esperando desta forma contribuir para a prática pedagógica de todos aqueles que desejem "trabalhar" esta temática.
Antes de mais e preciso que se saiba que a expressão “Haloween” deriva de “All Hallow Eve”, ou seja “Noite de Todos os Santos”, e por isso mesmo se celebra na noite de 31 de Outubro. Como todos sabemos, o dia 1 de Novembro e o “Dia de Todos os Santos”, e é designado por “All Hallows Day”. O Haloween comemorou-se em grande escala até há meia dúzia de anos atrás, nos Estados Unidos da América e no Brasil, no entanto esta tradição tende a alargar-se aos países da Europa, não pela crença no regresso das almas do outro mundo, mas sim pelo pretexto de brincadeira e diversão que se desencadeia!

Nos dias de hoje, esta festa é celebrada com mascaras de monstros, bruxas, fantasmas, mortos, etc., e sempre com um espírito de brincadeira. Alguns jovens reúnem-se perto de uma fogueira para contar histórias pela noite dentro; outros saem de casa para pedir doces de porta em porta: “doçuras ou travessuras”. O Haloween em Portugal está em franca expansão no “mundo” dos adultos. Vários bares e discotecas já fomentam a entrada de clientes apenas mascarados nesta madrugada. Sem duvida alguma, que a maioria das fardas alugadas, vendidas ou improvisadas, são para uso de jovens e adultos, até porque a hora tardia não permite que crianças pequenas se divirtam pela madrugada fora.
No entanto, nas faixas etárias mais baixas, o Haloween esta ainda um pouco “enublado”, pois só de há 2 ou 3 anos a esta parte é que as escolas e os Jardins-de-infância começaram a aceitar esta tradição que dizem ser tipicamente Americana.

14 outubro 2007

As Educadoras do Futuro

Cabe a nós Educadores/as a mudança gradual de mentalidades ao nível de toda a comunidade educativa que integre a instituição. Isto significa que não basta preparar um projecto pedagógico que verse sobre determinado assunto para um dado grupo de meninos, sem que os agentes da comunidade educativa estejam sensibilizados para tal acontecimento. Então a Educadora deve comunicar a sua intenção não só ao seu grupo de crianças, mas também às Auxiliares de Educação, Pais e outras pessoas com responsabilidades educativas relacionadas com a instituição escolar.

O nosso papel não é mais do que respeitar os padrões de desenvolvimento de cada criança e de todas em conjunto, nos domínios do afectivo, social, cognitivo e emocional. Toda esta preocupação com o desenvolvimento saudável da criança deve ter em atenção as diferenças individuais de cada uma, mas sem esquecer o grupo, e é também no contexto escolar que se explora os mais variados níveis de desenvolvimento das crianças. A Educadora deve então ser a transmissora de conhecimentos e experiências vividas, mas sem esquecer que deve partir dos saberes que cada criança já adquiriu.
Assim, tendo nós as educadoras um papel fundamental no desenvolvimento da criança, cabe-nos a tarefa de evoluir e aceitar as tradições que vão chegando até nós. Desta forma devemos permitir o contacto das crianças com outras culturas que não sejam só os de origem Nacional, e permitir-lhes de forma natural contactar com o mundo artístico, visto este ser potenciador de capacidades e desinibidor de sentimentos.

Então, a Pratica Pedagógica dos/as Educadores/as deve ser encaminhada por objectivos por si determinados, tendo sempre em conta o grupo com o qual se trabalha, pois só desta forma é que se consegue alcançar o sucesso educativo de todas as crianças.
A arte por ser nomeadamente uma manifestação cultural, deve ser aceite cada vez mais nos jardins-de-infância do nosso país, sem qualquer preconceito ou ideias desactualizadas, estando esta directamente relacionada com o desenvolvimento da criatividade.