21 dezembro 2007

Actividade 1 - Modelar com Massa de Sal

Esta actividade surge no âmbito do Natal, mas pensando sempre que esta quadra já havia sido abordada na sala de jardim de infância. É importante que a criança esteja familiarizada com o tema base de todas as actividades, de forma a compreender o sentido de todas as actividades propostas pela educadora. Esta actividade deve então ser proposta após a educadora já ter falado com os seus meninos sobre esta época festiva, podendo até já ter desenvolvido outras actividades mais típicas desta quadra, como por exemplo, escrever uma carta ao Pai Natal.

Actividade

Modelagem

Explicação
Os meninos modelarão massa de sal com a intenção de fazerem motivos relacionados com o Natal, para posteriormente pendurarem na árvore de Natal da escola.
Recursos
Recursos Humanos
Educadora

Auxiliar

Estagiária

Crianças

Cozinheira
Recursos Materiais
Farinha

Água

Copo
Tabuleiro

Sal

Alguidar

Colher de Pau

Formas

Rolo de cozinha
Objectivos

Objectivo Geral

Permitir o contacto com novos materiais
Objectivos específicos
Provar novos sabores
Estimular a criatividade

Desenvolver a preensão e força das mão e pulsos

Apurar a motricidade fina

Desenvolver o sentido do tacto
Estratégias

Permitir que as crianças provem os diferentes ingredientes
Deixar que as crianças explorem livremente a massa de sal
Falar com os meninos sobre as formas que se estão a modelar
Desenvolvimento

A educadora deverá explicar aos meninos o que irão fazer, e deverá deixá-los misturar os ingredientes necessários à confecção da massa de sal. Caso eles queiram a educadora deverá deixá-los provar os diferentes ingredientes, e também a própria massa após estar feita. Como não é utilizado qualquer produto químico, não prejudicará em nada a saúde dos meninos. Os meninos não devem ser obrigados a fazer só formas natalícias, devem sim fazer formas livres, que depois de pintadas ornamentarão de igual maneira a árvore de Natal da escola. No entanto existirão formas plásticas para os meninos que queiram utilizar, tendo estas, o formato de estrelas, sinos, árvore de natal, coroa natalícia, etc. Após a modelagem da massa de sal, todos de forma organizada colocarão as figuras que modelaram dentro de um ou dois tabuleiros. Será uma dos adultos da sala, quem irá levar o tabuleiro à cozinha, para que estas formas cozam no forno.

Receita da Massa de Sal

Ingredientes
1º – Dois copos de farinha
2º – Um copo de sal
3º – Um copo de água
Como Fazer:
Deita-se a farinha e o sal num alguidar e mistura-se bem com a ajuda de uma colher de pau, acrescentando a água pouco a pouco. A massa tem de ficar homogénea, ou seja, se ficar demasiado pegajosa, coloca-se um pouco mais de farinha. Se ao contrário, a massa ficar muito seca, junta-se um pouco de água. Quando a massa estiver com a consistência certa para ser modelada, irá colocar-se a massa sobre uma superfície plana e limpa. Convém polvilhar a superfície com farinha, para que a massa não pegue. A massa de sal está pronta para ser trabalhada de forma a realizar as mais variadas imagens.

20 dezembro 2007

O Natal e suas Simbologias

O Vermelho e Branco
A vestimenta vermelha e branca que todos reconhecem como sendo a farda do Pai Natal, tem por base uma história muito curiosa que remonta a 1931. A figura do Pai Natal até 1931, vestia sempre roupas de cores variadas, e um barrete com uma coroa de azevinho. No Inverno de 1931, a Coca-Cola lançou uma campanha que teve como imagem de marca a figura de São Nicolau vestido de vermelho e branco (com luvas, calças e túnica), tendo na cabeça um gorro vermelho debruado a branco, com um pompom na ponta. Como se pode ver, estas duas cores não foram escolhidas ao acaso, são no fundo as cores do produto comercializado. A campanha da Coca-Cola teve um enorme sucesso, que resultou numa imagem de marca que já ninguém consegue dissociar. Isto significa que o Pai Natal actualmente é sempre visto como o velhinho de vermelho e branco, e de preferência com um saco de presentes às costas.
A Árvore de Natal
A tradição da árvore de Natal, consegue ser mais antiga, do que o próprio Natal. Os Romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, que era o Deus da agricultura; os Egípcios, Chineses e hebreus, enfeitavam pinheiros ou cedros com coroas e grinaldas como símbolos de vida eterna. Ao longo de muitos anos, este tipo de árvore era também enfeitada com o intuito de afastar o demónio. O mais importante de se reter, é que todos estes conceitos de “árvore de Natal” tiveram origem pagã, assim como os enfeites que a certa altura se começaram a utilizar. O mais comum dos enfeites era as velas, que com o surgimento da electricidade foram substituídas por luzes eléctricas. A árvore de Natal dos dias de hoje, é oriunda da Alemanha Ocidental e é sempre representada por pinheiros, pois é das poucas árvores que não ficam “descascadas” no Outono e no Inverno. Por outro lado, o que se pretende é uma árvore tipo triângulo, então a solução teria de ser um abeto , que neste caso acabou por ser escolhido o pinheiro. Os enfeites da árvore de Natal têm também origem na Alemanha, sendo estes ornamentos feitos em papel. Em Portugal, até meados dos anos 50, a árvore de Natal era mal vista perante as pessoas, sendo o presépio o único enfeite natalício que se usava até então. Com o evoluir e o passar dos anos, os pinheiros de Natal conquistaram todas as pessoas, e grande maioria das famílias possui um pinheiro (mesmo que este seja artificial) nesta altura festiva.
O Presépio
O presépio simboliza a recriação do nascimento de Jesus. Esta recriação teve origem na Terra Santa, e foi realizada por São Francisco de Assis na sua aldeia, em 1224. São Francisco de Assis “montou” o primeiro presépio, tendo como base, a descrição bíblica do nascimento de Jesus.
As imagens dos animais, as figuras que entram nesta representação, a gruta, os três reis magos, etc. estão descritos na bíblia. Todas estas figuras representativas da natividade, eram esculpidas em madeira e depois pintadas e até ornamentadas.
Após esta exposição feita por São Francisco, os presépios passaram a ser feitos em conventos, por ser de cariz Cristão. No fundo, esta é das poucas tradições Natalícias que tem como base a Cristandade. Rapidamente as Igrejas e locais santos aderiram a este tipo de representações, estando presente nos dias de hoje, em muitas casas do nosso mundo (mais que não seja as três figuras principais – Maria, São José e Jesus). Tornou-se então um costume que se mantém principalmente nos países Europeus.
Os Sinos
Esta tradição deriva do facto dos antigos acreditarem que os ruídos e barulhos estridentes afastavam os espíritos malignos. Nesta altura usavam campainhas e sinos para os afastarem. No entanto, os sinos enquanto ornamento da época natalícia simbolizam a alegria pelo nascimento de Jesus. É comum nos dias de hoje ver sinos desenhados nas janelas de diferentes habitações e até pendurados na árvore de Natal.
Os sinos continuam a ser utilizados nas igrejas para anunciar o início da missa, e nas aldeias ainda se toca o sino sempre que morre um ancião da terra.
As Velas
O surgimento das velas não ocorre por um mero acaso, pois estas significavam para os Romanos, nas suas festas saturnais, um pedido superior para que o sol voltasse a brilhar. A luz das velas era assim a chamada para a luz solar em tempo de Inverno, e para o calor que nessa altura do ano não fazia. No entanto esta tradição em nada se relacionava com o nascimento de Jesus, porém mais uma vez o Cristianismo adoptou este costume e tornou-o sagrado à sua maneira. Desta forma as velas passaram a significar a chamada luz divina para as diferentes casas, o que fazia com que as pessoas acendessem uma ou várias velas e as colocassem em lugar visível para todos (na janela, usualmente).

Ainda assim, havia quem colocasse as velas na árvore de Natal, no entanto os sucessivos desastres de incêndios, levaram a que assim que surgiu a luz eléctrica, estas fossem substituídas rapidamente por iluminação especial para a árvore de Natal.

18 dezembro 2007

Natal: Significado e Importância para as Crianças

O Natal representa acima de tudo a comemoração do nascimento do menino Jesus, mesmo para quem é de outra religião ou até ateu. Mesmo que o Natal não tenha contornos religiosos, todos sabem o que está subjacente a esta época festiva. Os dias que antecedem a esta festa tão bonita, são sempre de grande confraternização e de reunião de meios económicos para ajudar os mais pobres e oprimidos. O mais triste desta quadra é o facto das pessoas só se lembrarem dos outros por esta altura. Problemas existem ao longo de todo o ano, e não apenas no mês de Dezembro.

Outra das características desta quadra, é o elevado consumo que se dá em todas as zonas comerciais. Cada vez mais as pessoas vivem de aparências e de compras exacerbadas, que na maioria dos casos ultrapassam o orçamento que cada família deveria gastar. No entanto é preciso salientar que no mundo das crianças o Natal tem particular relevo e importância. Todos os meninos esperam ansiosamente pela noite em que recebem as prendinhas de Natal. Nas famílias mais tradicionalistas, é o “Pai Natal” quem as entrega
São Nicolau
São Nicolau foi um bondoso bispo de Mira, que nasceu em 301 D.C., no Sudoeste da Ásia Menor, onde hoje se situa a Turquia. A sua fama espalhou-se pelo mundo inteiro, no entanto é a Holanda o país que mais o festeja, pois há quem diga que foram os Holandeses que trouxeram as primeiras notícias deste bom homem para o norte da Europa. Nos Estados Unidos da América, o seu nome foi abreviado para Santa Claus (Santos Nicholaus).

Sem dúvida alguma que a bondade de S. Nicolau se tornou lendária, pois este tinha por hábito visitar as aldeias por onde ia passando, deixando brinquedos às crianças. Para além disto este bispo matou a fome a muita gente.

Filho de Epifânio e Joana, o seu nome não foi escolhido ao acaso, pois “Nicolau” foi o nome que lhe deram por significar “pessoa virtuosa”. Os seus pais eram Cristãos, e acreditavam que o nome teria influência na personalidade do seu filho, por isso lhe deram o nome que representava o virtuoso, pessoa que só faria bem ao mundo. Os pais de Nicolau eram bastante abastados, não tendo quaisquer necessidades económicas.
A lenda de S. Nicolau está envolta em algumas simbologias, sendo uma das mais importantes, a lenda das bolas de ouro. Esta lenda conta que Nicolau ainda jovem, decidiu dar três sacos de ouro a três filhas de um velho pobre, para evitar que estas fossem para a prostituição. Ele ofereceu então os três sacos em três alturas diferentes: sempre que as raparigas atingiam a idade de casar, Nicolau colocava o saco de ouro dentro da casa delas através da chaminé. Os pais de Nicolau morreram, ainda este não era adulto. Então Nicolau decidiu, por conselho de um tio, visitar a Terra Santa. Rumou à Palestina e depois ao Egipto, no entanto nem tudo correu bem nesta viagem. Ao longo do percurso ocorreu uma enorme tempestade, que poderia ter levado à morte de muitas pessoas, no entanto tudo acalmou quando Nicolau começou a rezar. Daí em diante Nicolau ficou conhecido por salvar marinheiros e pescadores vítimas de tempestade.
Após o regresso da viagem, Nicolau decidiu doar toda a sua fortuna aos pobres, passando ele a viver na pobreza. Nicolau começou então a dedicar a sua vida cada vez mais a Deus, e a toda a igreja Católica. Foi então que se tornou bispo de Mira, que embora não fosse a sua aldeia Natal, era a aldeia aonde Nicolau tinha decidido viver no mundo da pobreza. Já depois de ter sido indicado bispo, S. Nicolau continuou a distribuir presentes pelas crianças, levando esta sua devoção aos mais novos, à abertura de um orfanato. São Nicolau faleceu a 6 de Dezembro de 342, passando este dia durante muito tempo a ser festejado por todo o mundo. Todas as pessoas o passaram a associar à doação de presentes, o que levou a que a entrega de presentes anual fosse comemorada no dia 6 de Dezembro. No entanto, esta tradição dilui-se com a ideia do menino Jesus e sua respectiva entrega de presentes a dia 25 de Dezembro. O Papa Paulo VI, devido à pouca documentação relativa ao São Nicolau ordenou que a festa alusiva a ele, fosse retirada do calendário oficial Católico Romano.
Embora nos dias de hoje não festeje o dia de S. Nicolau, a verdade é que o “Pai Natal” representa a versão moderna deste homem que tão bem fez em seu redor. O pai Natal mais não é do que uma figura que entrega prendas a todas as crianças do mundo, não fosse ele uma recriação de São Nicolau.
Pai Natal
A figura de São Nicolau foi usada para representar o Pai Natal dos nossos dias. Este “boneco” é associado à ideia de um homem de idade avançada, com barbas grandes e brancas, muito barrigudo, de faces rosadas e sempre vestido com uma fato vermelho e branco. Este simpático senhor, tal como S. Nicolau, distribui por todas as crianças do mundo os mais variados brinquedos, sem olhar a etnias e a questões económico-sociais. É sem dúvida encarado como sendo imparcial e justo. No fundo a única condição que impõe aos meninos para que estes recebam prendinhas, é o bom comportamento ao longo de todo o ano, ou pelo menos é esta a versão que a maioria dos papás conta aos filhotes. O Pai Natal está espalhado por todo o mundo, assumindo vários nomes, dependendo do país e até da cultura em questão. Esta personagem que encanta crianças de todo o planeta, é sempre encarada como um homem bem disposto, generoso e bonacheirão. Actualmente ninguém sabe ao certo aonde é que mora o Pai Natal, mas a maioria das versões aponta para a Lapónia, na Finlândia. Mas há também quem aponte o Pólo Norte como sendo a verdadeira morada deste velhinho de barbas brancas.
A maioria das crianças tentam de alguma forma entregar uma carta ao Pai Natal, onde expressam os seus desejos face às prendas que querem receber.
Alguns meninos entregam a cartinha dos pedidos natalícios a um Pai Natal que encontram na rua; outras pedem às mães para enviarem por correio, e outras ainda dizem que irão enviar o pedido de presentes por e-mail. O mais engraçado é que o Pai Natal adivinha quase sempre o que os meninos querem, mesmo que estes não lhe transmitam o que desejam receber. Numa última hipótese os meninos deixam a cartinha junto à chaminé da sua casa, para que o “velhinho” a leia.
O mais curioso, é que o Pai Natal está envolto num mundo de magia, ou seja as suas renas voam mesmo sem terem asas, e os seus duendes são sem dúvida os seus grandes ajudantes.
Reunidas estas condições, o Pai Natal sabe onde mora cada criança, sabendo então o comportamento que esta teve ao longo do ano. No entanto, este velhinho bonacheirão tem de usar a sua magia para numa única noite conseguir distribuir os brinquedos desejados, por todas as chaminés deste mundo.
Para além das renas voarem, também o seu trenó é mágico, deixando as crianças maravilhadas e concentradas no mundo da fantasia.