« Em tempos li numa revista norte-americana, a Dance Magazine, a seguinte citação do anti
go presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, proferida há cerca de um quarto de século: "Na longa história da Humanidade, um sem número de impérios e nações nasceram e desapareceram. Aqueles que não conseguiram produzir obras de arte duradouras estão hoje reduzidos a discretas notas de rodapé nos nossos compêndios de história. A arte de uma nação é a sua herança mais preciosa. É através da obra de arte que revelamos a nós próprios e aos outros a visão interior que nos guia como nação. E onde não existe essa visão os povos irremediavelmente perecem."

Isto para mim é uma verdade tão evidente que faz com que eu me questione, muitas vezes, sobre para onde é que se deve orientar a criatividade e os tempos livres das crianças. Existe toda uma problemática que gira à volta da educação, à volta do "upbringing" (do crescimento) da criança acompanhado e orientado. A necessidade de investimento cultural ao nível das camadas jovens é realmente algo que tem preocupado muita gente e deverá envolver muita mais! (...). Na minha opinião, a dança, mais do que criar estereótipos visuais ou mentais nas pessoas, cria uma coisa fascinante, que é a disciplina. »
António Laginha in "Tempos Livres - A Criança, o Espaço, a Ideia"