20 dezembro 2007

O Natal e suas Simbologias

O Vermelho e Branco
A vestimenta vermelha e branca que todos reconhecem como sendo a farda do Pai Natal, tem por base uma história muito curiosa que remonta a 1931. A figura do Pai Natal até 1931, vestia sempre roupas de cores variadas, e um barrete com uma coroa de azevinho. No Inverno de 1931, a Coca-Cola lançou uma campanha que teve como imagem de marca a figura de São Nicolau vestido de vermelho e branco (com luvas, calças e túnica), tendo na cabeça um gorro vermelho debruado a branco, com um pompom na ponta. Como se pode ver, estas duas cores não foram escolhidas ao acaso, são no fundo as cores do produto comercializado. A campanha da Coca-Cola teve um enorme sucesso, que resultou numa imagem de marca que já ninguém consegue dissociar. Isto significa que o Pai Natal actualmente é sempre visto como o velhinho de vermelho e branco, e de preferência com um saco de presentes às costas.
A Árvore de Natal
A tradição da árvore de Natal, consegue ser mais antiga, do que o próprio Natal. Os Romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, que era o Deus da agricultura; os Egípcios, Chineses e hebreus, enfeitavam pinheiros ou cedros com coroas e grinaldas como símbolos de vida eterna. Ao longo de muitos anos, este tipo de árvore era também enfeitada com o intuito de afastar o demónio. O mais importante de se reter, é que todos estes conceitos de “árvore de Natal” tiveram origem pagã, assim como os enfeites que a certa altura se começaram a utilizar. O mais comum dos enfeites era as velas, que com o surgimento da electricidade foram substituídas por luzes eléctricas. A árvore de Natal dos dias de hoje, é oriunda da Alemanha Ocidental e é sempre representada por pinheiros, pois é das poucas árvores que não ficam “descascadas” no Outono e no Inverno. Por outro lado, o que se pretende é uma árvore tipo triângulo, então a solução teria de ser um abeto , que neste caso acabou por ser escolhido o pinheiro. Os enfeites da árvore de Natal têm também origem na Alemanha, sendo estes ornamentos feitos em papel. Em Portugal, até meados dos anos 50, a árvore de Natal era mal vista perante as pessoas, sendo o presépio o único enfeite natalício que se usava até então. Com o evoluir e o passar dos anos, os pinheiros de Natal conquistaram todas as pessoas, e grande maioria das famílias possui um pinheiro (mesmo que este seja artificial) nesta altura festiva.
O Presépio
O presépio simboliza a recriação do nascimento de Jesus. Esta recriação teve origem na Terra Santa, e foi realizada por São Francisco de Assis na sua aldeia, em 1224. São Francisco de Assis “montou” o primeiro presépio, tendo como base, a descrição bíblica do nascimento de Jesus.
As imagens dos animais, as figuras que entram nesta representação, a gruta, os três reis magos, etc. estão descritos na bíblia. Todas estas figuras representativas da natividade, eram esculpidas em madeira e depois pintadas e até ornamentadas.
Após esta exposição feita por São Francisco, os presépios passaram a ser feitos em conventos, por ser de cariz Cristão. No fundo, esta é das poucas tradições Natalícias que tem como base a Cristandade. Rapidamente as Igrejas e locais santos aderiram a este tipo de representações, estando presente nos dias de hoje, em muitas casas do nosso mundo (mais que não seja as três figuras principais – Maria, São José e Jesus). Tornou-se então um costume que se mantém principalmente nos países Europeus.
Os Sinos
Esta tradição deriva do facto dos antigos acreditarem que os ruídos e barulhos estridentes afastavam os espíritos malignos. Nesta altura usavam campainhas e sinos para os afastarem. No entanto, os sinos enquanto ornamento da época natalícia simbolizam a alegria pelo nascimento de Jesus. É comum nos dias de hoje ver sinos desenhados nas janelas de diferentes habitações e até pendurados na árvore de Natal.
Os sinos continuam a ser utilizados nas igrejas para anunciar o início da missa, e nas aldeias ainda se toca o sino sempre que morre um ancião da terra.
As Velas
O surgimento das velas não ocorre por um mero acaso, pois estas significavam para os Romanos, nas suas festas saturnais, um pedido superior para que o sol voltasse a brilhar. A luz das velas era assim a chamada para a luz solar em tempo de Inverno, e para o calor que nessa altura do ano não fazia. No entanto esta tradição em nada se relacionava com o nascimento de Jesus, porém mais uma vez o Cristianismo adoptou este costume e tornou-o sagrado à sua maneira. Desta forma as velas passaram a significar a chamada luz divina para as diferentes casas, o que fazia com que as pessoas acendessem uma ou várias velas e as colocassem em lugar visível para todos (na janela, usualmente).

Ainda assim, havia quem colocasse as velas na árvore de Natal, no entanto os sucessivos desastres de incêndios, levaram a que assim que surgiu a luz eléctrica, estas fossem substituídas rapidamente por iluminação especial para a árvore de Natal.

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas tudo tem que ter um significado??? Gostei! Muita informação pesquisas tu. Beijocas grandes e continua assim que vais longe

susana disse...

Mariana: Oh minha linda, gostas sempre de tudo o que eu faço, não há palavras. Beijo

Anónimo disse...

Gostei desta postagem, especialmente porque demonstra a total dedicação que tens pelo teu blog, pois para estares a par das tradições (halloween e Natal) tens que investigar. Parabéns pelo resultado. Gostei mesmo.

susana disse...

Patricia: Pois é minha linda, de facto investigo bastante, mas não é por causa do blog, gosto de estar informada sobre certas coisas que me deixam a auto-questionar...procuro logo uma resposta. Depois faço os meus textos, e isso já é por causa do blo, e posto o "sumo" de forma simples e explícita, de forma a que todos compreendam o meu pensamento. Beijinho