«Qualquer explicabilidade sobre criatividade tem que reconhecer que, num sentido, há algo necessariamente inexplicável, de tal modo que mesmo os que são mais criativos se sentem perdidos ao explicá-la ou ao dizer como é que lhes surgiram as ideias. Por isso o compositor Elgar fala de apanhar as suas ideias musicais a partir do ar; Mozart escreve sobre as suas ideias: "Quando e como surgem eu não sei, nem posso forçá-las". Gauss escreve a propósito de um problema aritmético que lhe escapou durante anos: "Consegui, finalmente, há dois dias, não à custa dos meus esforços dolorosos, mas, sim pela graça de Deus. Aconteceu o enigma ser solucionado de modo tão súbito como o da luz intensa de um relâmpago". E quando perguntaram a Picasso: "O que é a criatividade?", respondeu: "Não sei e se soubesse não lhe diria". »
David Best in A Racionalidade do Sentimento
3 comentários:
Olá. Este livro é mesmo muito bom, aborda a criatividade envolta em sentimentos e o papel que as artes têm na educação, seus contributos e noções. Comprei-o e não me arrependo, antes pelo contrário. Beijoca
a última frase deste excerto está linda. Se o próprio Picassso não consegue definir o termo Criatividade, como é que nós o poderemos definir? Fala-se tanto em sermos ou não criativos, e ao fim ao cabo não se sabe ao certo o que se está a dizer, ou pelo menos não se utiliza a palavra no seu termo mais correcto.
Estou tentada a comprar este livro.Concordo com a Madalena quando diz que "não se utiliza a palavra no seu termo mais correcto".
Aqui até fico a conhecer os livros que há no mercado, és 1 ESPETÁCULO!
bEIJOQUINHAAAASSSS!
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