14 outubro 2007

As Educadoras do Futuro

Cabe a nós Educadores/as a mudança gradual de mentalidades ao nível de toda a comunidade educativa que integre a instituição. Isto significa que não basta preparar um projecto pedagógico que verse sobre determinado assunto para um dado grupo de meninos, sem que os agentes da comunidade educativa estejam sensibilizados para tal acontecimento. Então a Educadora deve comunicar a sua intenção não só ao seu grupo de crianças, mas também às Auxiliares de Educação, Pais e outras pessoas com responsabilidades educativas relacionadas com a instituição escolar.

O nosso papel não é mais do que respeitar os padrões de desenvolvimento de cada criança e de todas em conjunto, nos domínios do afectivo, social, cognitivo e emocional. Toda esta preocupação com o desenvolvimento saudável da criança deve ter em atenção as diferenças individuais de cada uma, mas sem esquecer o grupo, e é também no contexto escolar que se explora os mais variados níveis de desenvolvimento das crianças. A Educadora deve então ser a transmissora de conhecimentos e experiências vividas, mas sem esquecer que deve partir dos saberes que cada criança já adquiriu.
Assim, tendo nós as educadoras um papel fundamental no desenvolvimento da criança, cabe-nos a tarefa de evoluir e aceitar as tradições que vão chegando até nós. Desta forma devemos permitir o contacto das crianças com outras culturas que não sejam só os de origem Nacional, e permitir-lhes de forma natural contactar com o mundo artístico, visto este ser potenciador de capacidades e desinibidor de sentimentos.

Então, a Pratica Pedagógica dos/as Educadores/as deve ser encaminhada por objectivos por si determinados, tendo sempre em conta o grupo com o qual se trabalha, pois só desta forma é que se consegue alcançar o sucesso educativo de todas as crianças.
A arte por ser nomeadamente uma manifestação cultural, deve ser aceite cada vez mais nos jardins-de-infância do nosso país, sem qualquer preconceito ou ideias desactualizadas, estando esta directamente relacionada com o desenvolvimento da criatividade.

06 outubro 2007

As flores bebem água?

Quando se realiza uma experiência destas com os mais novos, está-se a contribuir para o aumento da curiosidade natural da criança, e para o desmistificar de algumas questões pertinentes. Muitas crianças não percebem ao certo como é que as plantas bebem água, havendo mesmo aquelas que duvidam deste facto. Esta experiência vai permitir que as crianças confirmem se as flores bebem ou não água.
Tempo Previsto de Duração: 3 horas até colorir ( a concepção da actividade demora cerca de 20 minutos)
Recursos
Recursos Humanos:
- Educadora de Infância
- Crianças
Recursos Materiais:
13 cravos
­- Corante alimentar de várias cores
Copos com água
Etiquetas
­- Caneta de feltro
Objectivos

Objectivo Geral:
Perceber se as flores bebem ou não água
Objectivos Específicos:
Escolher a cor em que deseja submergir a sua flor
Perceber o porquê da coloração da flor
Esperar pacientemente, sem retirar a flor do copo
Estratégias:
Questionar os meninos quanto ao facto das flores crescerem
Explicar-lhes que elas precisam de água para viver
Pedir ajuda para misturar o corante com a água
Dar a escolher aos meninos a cor em que querem submergir a sua flor
Desenvolvimento:
Esta actividade foi realizada em grande grupo, e todas as crianças se mostraram muito atentas no decorrer da mesma. A curiosidade foi o grande trunfo desta manhã. Inicialmente, misturei na água os diferentes corantes. Havia então três copos com cores diferentes. Um dos copos tinha corante alimentar vermelho, o outro tinha corante amarelo ovo, e o terceiro copo tinha corante verde. Perguntei às crianças quais as cores em que queriam colocar o caule da sua flor. É preciso não esquecer, que o caule já havia sido cortado por mim, na diagonal, para não ficar encostado ao fundo do copo. É preciso criar condições para que a flor possa beber. Antes de se colocarem as flores dentro dos copos, de acordo com as cores escolhidas pelas minhas crianças, etiquetou-se cada uma delas. Assim, cada flor tinha uma etiqueta com o nome do respectiva dono. Para não ficarem parados à
espera de ver a flor a colorir, pedi-lhes para fazerem uma outra actividade, ou seja, cada criança desenhou uma flor e coloriu-a de acordo com a cor do corante que havia escolhido para colorir o seu cravo. Falou-se muito acerca da experiência em si, de acordo com as transformações que iam acontecendo. O mais curioso e intrigante para os mais novos, foi o facto das flores que estavam com o corante alimentar vermelho, colorirem muito mais rápido do que as restantes cores.
Nota:
Sempre que se faz esta experiência, deve-se colocar as flores na vespera, fora de água, de forma a terem sede no dia seguinte.

03 outubro 2007

Respostas ao Questionário

Antes de mais quero agradecer a todos o apoio incondicional que me têm dado, e dizer-vos que este apoio tem-me dado forças para continuar a postar. Bem-Haja a todos vocês!
Aqui ficam as respostas correctas ao questionário "Questões de Educação", para aqueles que ainda não solucionaram qual foi a respostas que não conseguiram acertar!

13 setembro 2007

Questionário para Breve!

Olá a todos. A postagem que vou colocar amanhã é uma simples brincadeira dirigida a todos os que queiram nela participar, mas será mais fácil para quem seguiu o meu blog ao longo dos últimos meses. Refiro-me a um questionário em flash, no qual constam perguntas relacionadas com o mundo da educação e cujas respostas se encontram nas postagens que já fiz. Agradeço que tentem responder e caso não acertem em todas as perguntas...sejam curiosos e procurem as respostas neste blog. Obrigado pelo vosso constante apoio.

12 setembro 2007

Jogos e Actividades de Apresentação

O início do ano lectivo é sempre uma caixinha de surpresas para os alunos e para os educadores dos Jardins-de-Infância. Quando se inicia uma etapa em que se recebe algumas crianças novas na sala, deve-se promover desde logo actividades e jogos de apresentação, de forma a tornar a que o grupo de conheça e se torne mais coeso desde logo. Muitas vezes entram 4 ou 5 crianças para um grupo já existente, devendo haver um especial cuidado na integração destas. Se por outro lado o grupo for todo novo, a própria educadora sentir-se-à receosa face ao desafio que lhe é apresentado. É sempre uma incógnita recheada de novidades!
Pode-se então fazer uma série de jogos e actividades de apresentação, seja para integrar 4 ou 5 crianças (por exemplo), seja para apresentar as crianças todas umas às outras e também à educadora e auxiliar da sala.

Jogos e Actividades
A Bola tem Nome

As crianças sentam-se no chão com as pernas à chinês em forma de roda, e a educadora mais a auxiliar também. Depois de ter-mos a roda composta, a educadora pega numa bola e manda para as mãos de outra criança. No momento em que cada criança recebe a bola, tem de dizer o seu nome e a sua idade.
Esta é uma forma simples de decorar os nomes de todas as crianças, e claro está da educadora e auxiliar.
Ao fim de algum tempo a jogar, passa-se a dizer o nome da pessoa que está sentada ao nosso lado direito. Nesta parte do jogo, haverá muitas gargalhadas, pois muitas são as crianças que ainda não decoraram o nome dos novos amigos. Por outro lado, está-se também a trabalhar a questão da lateralidade, que é fundamental adquirir e cimentar em idade de Jardim-de-Infância.
Vamos Desenhar
Nesta actividade dá-se a cada criança uma folha grande e pede-se para que cada um desenhe o contorno da sua cara. Convém explicar que aqueles que considerem que têm o rosto mais redondo, farão esse mesmo contorno também mais redondo e vice-versa. A educadora deve exemplificar e desenhar o seu próprio contorno do rosto. No canto superior direito de cada folha, escreve-se o nome da pessoa a quem pertençe aquele contorno do rosto. De seguida, de forma aleatória, trocam-se as folhas com os amigos, devendo a educadora e a auxiliar trocar também as suas. Vou então esquematizar o número de vezes que se deve rodar as folhas e com que fim:
1 - pede-se para desenhar os olhos do amigo a quem pertençe aquele rosto (os meninos terão que ser ajudados a identificar o nome do amigo)
2 - pede-se para desenhar o nariz da criança
3 - pede-se para desenhar a boca
4 - pede-se para desenharem os pormenores que considerem relevantes ao rosto do amigo
Nota:
O desenho deve ser completado por diferentes crianças e nunca pode ser feito pelo próprio. Cada criança desenha um elemento pertencente à cara de cada amigo, devendo cada um desenhar apenas uma única vez em cada folha.
Resultado: Estes desnhos ficam realmente incríveis, pois os resultados desta actividade supera todas as expectativas. Por incrível que pareça, muitos dos rostos ficam semelhantes às próprias crianças. Os pormenores ajudam imenso. Os miúdos tendem a colocar tudo o que vêem na cara do amigo, seja os óculos, a borbulha ou uma cicatriz, o que faz com que se descubra e se assemelhe à criança a que se refere determinado desenho. Esta actividade permite que as crianças se fiquem a conhecer melhor, para além de que é de facto um momento de grande prazer para os mais novos.

10 setembro 2007

A Criança e a Arte

“…da expressão livre ou espontânea da criança em que a personalidade pouco a pouco se revela através de diversos meios expressivos, corporais e instrumentais, até ao domínio da expressão “artística”, no limiar da necessidade de comunicação com outrem, início do diálogo onde a arte já aflora, criativamente."
Arquimedes Santos in
Mediações Artístico-Pedagógicas, Pág. 45

09 setembro 2007

Olá a Todos!!!

Olá a todos. Já tinha saudades de postar no meu blog, mas...férias são férias e as minhas foram fantásticas. Fui para o Brasil, mais precisamente para Salvador da Bahia e Arraial da Ajuda. Amei e deu para descansar. Trabalhar e estudar o ano inteiro cansa qualquer um, mas aqui estou eu de volta a Portugal e com vários trabalhos do mestrado para concluir. Espero continuar a postar regularmente e que o apoio de todos vocês me dê forças para continuar. O novo ano lectivo está à porta, e muitas actividades se podem fazer por esta altura. Até breve

08 agosto 2007

Bloco Estampado com o Pé do Bebé

O pé estampado serviu para forrar um bloco de anotações para oferecer aos papás. Foi uma actividade muito gira e fácil de fazer.

Materiais:
- Cartolina
- Pincéis
- Tinta solúveis em água
- Toalhetes molhados
- Tesoura (para mim )
- Cola (não é utilizada pelos bebés)

Objectivos:

- Promover novas sensações (enquanto se pinta o pé de cada bebé)

- Proporcionar ocasiões de alegria

- Promover a exploração de novas texturas

- Despertar a curiosidade na criança

Estratégias:

-Pincelar devagar e muito bem o pé de cada criança, para que o decalque fique bem feito

-Transformar esta pintura numa brincadeira, fazendo cócegas nos pés dos bebés

-Limpar os pés de imediato (após a estampagem) e mostrar-lhes a pintura

-Bater palmas por se terem portado bem

Nota:

Nesta fase do desenvolvimento, as crianças ficam muito felizes sempre que percebem que fizeram algo que agradou às pessoas que a rodeiam.
Para além disto, quando se fez a estampagem, a maioria das crianças (pelo menos os mais velhos da sala) ficaram atentas ao resultado. Quando lhes batem palmas, após lhes limpar as mãos com uns toalhetes molhados e quentes, eles riam-se e era notório o ar de felicidade na cara deles. Embora sejam muito pequenos, são muito espertalhões e a cada dia que passa surpreendem-nos.
Os recortes da cartolina e respectiva colagem no bloco de notas para dar aos pais, ficaram ao encargo das pessoas adultas da sala. Nenhum bebé contactou com a tesoura nem com a cola.

03 agosto 2007

Actividades para Agosto

Para os papás que ainda não estão de férias, A Vida é Bela apresenta uma série de actividades de entretenimento para os seus filhotes.Assim, esta empresa proporciona ao seu filho a oportunidade de este se sentir Arqueólogo por um Dia. Para as crianças mais ligadas ao mundo das artes, existe a formação em Barro e os 5 Sentidos, e a Magia da Arte, ambas para crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos de idade. No site existem inúmeras actividades para os mais novos, eu apenas postei as que considero mais interessantes (para mim, claro!). Após ter consultado o site desta empresa, fiquei com a ideia de que os preços nem eram muito exagerados. Dêem um olhinho ao site e tirem as vossas conclusões.

02 agosto 2007

Criatividade

«Qualquer explicabilidade sobre criatividade tem que reconhecer que, num sentido, há algo necessariamente inexplicável, de tal modo que mesmo os que são mais criativos se sentem perdidos ao explicá-la ou ao dizer como é que lhes surgiram as ideias. Por isso o compositor Elgar fala de apanhar as suas ideias musicais a partir do ar; Mozart escreve sobre as suas ideias: "Quando e como surgem eu não sei, nem posso forçá-las". Gauss escreve a propósito de um problema aritmético que lhe escapou durante anos: "Consegui, finalmente, há dois dias, não à custa dos meus esforços dolorosos, mas, sim pela graça de Deus. Aconteceu o enigma ser solucionado de modo tão súbito como o da luz intensa de um relâmpago". E quando perguntaram a Picasso: "O que é a criatividade?", respondeu: "Não sei e se soubesse não lhe diria". »

David Best in A Racionalidade do Sentimento

01 agosto 2007

Esquema Corporal

Aqui fica um placar possível e fácil de fazer, para a abordagem do Corpo Humano/Esquema Corporal, diferenças e semelhanças entre os géneros. Este placar foi realizado por mim, e as figuras da menina/menino foram recortadas de uma revista direccionada para Educadores de Infância.

O mais importante é a criança participar aquando da montagem deste placar, pois as figuras (menina e menino) são fixadas no quadro através de velcro. Claro que esta actividade de montagem do corpo humano deve ser sempre precedida de uma conversa, e continuada com mais actividades.
Caixa com os diversos membros do corpo humano

Placard "Menino"

Placard "Menina"

Nota:

É importante que desde sempre se eduque para a sexualidade como sendo algo de inato. Mesmo em idade de creche, é importante responder às questões colocadas pelas crianças. Sempre que se inicia o ciclo de levar as crianças ao bacio, as crianças colocam questões de cariz sexual, e estas devem ser respondidas de forma natural e verdadeira (e no entanto não estão sequer em idade pré escolar). A curiosidade é normal nestas idades, e convém que eles se sintam esclarecidos desde sempre.

No entanto, sempre que se pensa em educação sexual, tem de se ter em conta o nosso próprio corpo, e as relações que estabelecemos com os outros e connosco próprios. Esta perspectiva alargada da educação sexual faz com que se perceba o quanto importante é esta temática na vida das crianças, pois só conhecendo e aceitando o nosso corpo é que podemos promover aspectos como a auto-estima e a capacidade de decisão e afirmação pessoal, aspectos estes que contribuem para o desenvolvimento integral e harmonioso da criança. A criança deve reconhecer-se como parte integrante de um género sexual, aceitando as diferenças e semelhanças entre o seu corpo e o dos seus amigos.